EUA ordenam que Chevron interrompa operações na Venezuela em 30 dias

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Written on Mar 5, 2025
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  • Os EUA revogaram a licença de operação da Chevron, interrompendo as exportações de mais de 200.000 barris por dia da Venezuela.
  • As joint ventures da Chevron com a PDVSA representam mais de 25% da produção total de petróleo da Venezuela.
  • O vice-presidente venezuelano, Rodríguez, condenou a decisão.

O governo Trump tomou uma medida drástica na terça-feira, suspendendo uma importante licença operacional que a gigante petrolífera americana Chevron precisava para operar na Venezuela.

A decisão segue-se à condenação de Washington ao governo do presidente Nicolás Maduro por não ter feito avanços concretos em reformas eleitorais importantes.

Desde 2022, a Chevron enviou aproximadamente 200.000 barris por dia de petróleo bruto venezuelano, o que representou pelo menos um quarto da produção de petróleo do país, de acordo com uma reportagem da Reuters.

Efeito na economia venezuelana e na produção de petróleo

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A Chevron tem até 3 de abril para encerrar as exportações e outras operações na Venezuela, de acordo com uma licença atualizada do Departamento do Tesouro dos EUA.

O período de eliminação gradual levanta questões sobre a rapidez com que o mercado petrolífero venezuelano pode se adaptar à perda de um de seus maiores compradores.

As joint ventures da Chevron com a estatal Petróleos de Venezuela, SA (PDVSA) representam mais de um quarto da produção total de petróleo bruto do país.

A revogação da licença poderia causar uma queda drástica na produção, agravando uma crise econômica já urgente, com inflação crescente e escassez de alimentos e outros produtos básicos.

A decisão foi recebida com uma resposta contundente da vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez.

Rodríguez enfatizou que essa medida terá consequências não apenas para a economia venezuelana, mas também para os mercados globais de petróleo e as relações diplomáticas entre EUA e Venezuela.

Ele também disse que o término da licença afetaria principalmente os EUA, aumentando os preços da gasolina e aumentando os riscos para as empresas americanas que investem no exterior.

Consequências e respostas políticas

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Essa mudança de política segue as controversas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho de 2024. A comunidade internacional criticou duramente essas eleições, acusando-as de falta de transparência e imparcialidade.

Apesar do controle de Maduro sobre as instituições eleitorais e judiciais, a oposição liderada por Edmundo González e María Corina Machado declarou vitória nas eleições.

O governo Maduro condenou repetidamente as sanções dos EUA e de outros países como ilegais e como uma “guerra econômica” destinada a desestabilizar o país.

A crise política permanece sem solução, e a oposição está consolidando sua autoridade em meio a um crescente distanciamento, dificuldades econômicas e desespero.

Trump e a Venezuela

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Desde que assumiu o cargo em janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o país não precisa do petróleo venezuelano, que representou cerca de 3,5% das importações de petróleo bruto dos EUA no ano passado, ou aproximadamente 220.000 barris por dia.

No entanto, essas exportações foram cruciais para a Chevron recuperar bilhões em dívidas pendentes da Venezuela.

Uma ordem de redução semelhante sob a administração anterior de Trump em 2020 permitiu que a Chevron continuasse produzindo petróleo bruto e mantendo suas joint ventures com a PDVSA, mas proibiu exportações e importações.

Com o tempo, isso levou a uma queda acentuada na produção e ao acúmulo de receitas não pagas.

A questão é: quão eficazes são essas sanções? Os críticos argumentam que, embora essas medidas possam causar sofrimento econômico a curto prazo, elas acabam fortalecendo o governo Maduro ao instilar um sentimento nacionalista contra inimigos estrangeiros.

Se a licença da Chevron expirar, isso poderá ter repercussões no mercado global de petróleo mais amplo. É provável que isso tenha impacto nos preços do petróleo, que os analistas estão acompanhando de perto, particularmente no contexto da instabilidade geopolítica em outras regiões produtoras de petróleo.

Este artigo foi traduzido do inglês com a ajuda de ferramentas de IA, tendo sido depois revisto e editado por um tradutor local.