
Ações europeias sobem 8% com o adiamento das tarifas americanas, impulsionando o sentimento do mercado global.
- O DAX subiu 8,37%, o FTSE 100 ganhou 5,96% e o IBEX 35 escalou 8,10%.
- O euro e a libra esterlina se fortaleceram em relação ao dólar americano após a notícia.
- Bruxelas intensifica esforços para diversificar laços comerciais e impulsionar o mercado único.
Os mercados europeus registraram fortes ganhos na quinta-feira após uma decisão surpreendente do presidente dos EUA, Donald Trump, de adiar uma nova rodada de tarifas sobre dezenas de países, incluindo a União Europeia.
O anúncio, feito na quarta-feira à noite, desencadeou uma grande alta nas ações globais, à medida que os investidores reagiram aos sinais de diminuição das tensões comerciais entre dois dos maiores blocos econômicos do mundo.
Com a zona do euro já enfrentando dificuldades devido à desaceleração do crescimento e problemas na cadeia de suprimentos, o alívio temporário oferecido pela decisão dos EUA gerou uma onda de otimismo nos mercados financeiros da região.
Índices sobem em toda a Europa
Copy link to sectionÀs 9h da manhã de quinta-feira, horário da Europa Central (CET), os mercados de ações europeus estavam firmemente em território positivo. O índice DAX da Alemanha subiu 8,37%, enquanto o EURO STOXX 50 aumentou 8,78%.
O CAC 40 da França avançou 2,27%, o FTSE 100 de Londres aumentou 5,96% e o IBEX 35 da Espanha subiu 8,10%.
O FTSE MIB da Itália registrou o maior aumento entre as principais bolsas, com ganho de 10,20%, enquanto o SMI da Suíça subiu 9%.
O euro fortaleceu-se 0,27% em relação ao dólar, atingindo US$ 1,09815, e a libra esterlina ganhou 0,38%, sendo negociada a US$ 1,28688, refletindo o sentimento mais amplo dos investidores em favor de ativos europeus.
UE expandirá laços comerciais
Copy link to sectionA suspensão de três meses das tarifas ocorre após o anúncio de Trump na semana passada de uma taxa de 20% sobre as importações americanas da União Europeia.
As tarifas propostas faziam parte de um esforço mais amplo da administração dos EUA para impor medidas comerciais recíprocas a nações estrangeiras.
A reversão, no entanto, marca uma mudança significativa de tom, particularmente em relação à UE.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou a pausa como um passo importante para a estabilidade do comércio global.
Ela reiterou o compromisso da UE em se envolver com os EUA em um comércio “sem atritos e mutuamente benéfico”, observando que condições previsíveis são vitais para as cadeias de suprimentos globais.
Embora a decisão dos EUA não tenha afetado as tarifas existentes em setores-chave como aço, alumínio e automóveis, ela suspendeu as taxas adicionais sobre uma gama de importações.
A União Europeia ainda deve lançar contramedidas contra as tarifas americanas sobre aço e alumínio a partir da próxima semana. No entanto, von der Leyen não comentou diretamente sobre esses planos em suas declarações públicas.
Preocupações de longo prazo persistem.
Copy link to sectionEmbora a suspensão das tarifas americanas tenha proporcionado alívio de curto prazo aos mercados, as tensões comerciais subjacentes permanecem sem solução.
A ação de Trump é vista como parte de uma estratégia mais ampla para aumentar a pressão sobre a China, enquanto reduz temporariamente o atrito com aliados tradicionais.
As tarifas suspensas tinham como alvo bilhões de dólares em exportações da UE, e sua suspensão é vista por analistas como uma tática de negociação, e não como uma mudança permanente de política.
A União Europeia respondeu intensificando seus esforços para diversificar suas relações comerciais.
De acordo com von der Leyen, o bloco está se engajando com parceiros comerciais que, coletivamente, representam 87% do comércio global, em uma tentativa de reduzir a dependência de um único país ou bloco econômico.
Ela também destacou a necessidade de melhorar a integração dentro do mercado único da UE.
Em suas declarações, ela apontou para um esforço renovado de Bruxelas para eliminar barreiras internas e impulsionar a cooperação econômica entre os Estados-membros.
A reação global continua.
Copy link to sectionO adiamento das tarifas americanas ocorreu em um momento crucial para os mercados globais.
Na quarta-feira, Wall Street registrou ganhos significativos, com os investidores interpretando o anúncio como um sinal de que Washington pode estar aberto a negociações com seus parceiros comerciais.
Essa recuperação continuou na Europa na quinta-feira, com renovado interesse de compra em todos os setores.
No entanto, a direção de longo prazo das relações comerciais entre os EUA e a UE permanece incerta.
A suspensão está prevista para expirar em três meses, e não há garantia de que as discussões durante esse período levarão a um acordo duradouro.
Enquanto isso, as contramedidas planejadas pela UE e o foco dos EUA em confrontar a China podem reacender as tensões no futuro.
À medida que os mercados continuam a reagir aos desenvolvimentos na política comercial dos EUA, a UE parece estar a diversificar as suas apostas, reforçando a coesão interna e expandindo as parcerias globais — medidas que podem moldar a resiliência da região em futuros choques económicos.
Este artigo foi traduzido do inglês com a ajuda de ferramentas de IA, tendo sido depois revisto e editado por um tradutor local.