
Google enfrenta ordem de cessar e desistir no Japão devido a preocupações com o monopólio de busca no Android.
- Nenhuma multa foi aplicada, mas o Google deve alterar os termos do contrato existente.
- Casos antitruste semelhantes estão em andamento na Coreia do Sul e na Índia.
- Decisão pode abrir o mercado japonês para mecanismos de busca e navegadores concorrentes.
O órgão regulador da concorrência do Japão ordenou que o Google pare de priorizar seu mecanismo de busca e navegador em smartphones Android, em uma medida que pode remodelar o domínio da busca móvel no país.
A Comissão de Comércio Justo do Japão (JFTC) emitiu na terça-feira uma ordem de cessação e desistência contra a gigante da tecnologia, afirmando que a conduta do Google pode violar a Lei Antimonopólio do país ao restringir a concorrência justa em serviços de busca móvel.
Desde pelo menos julho de 2020, o JFTC constatou que o Google firmou acordos de licenciamento com pelo menos seis fabricantes de smartphones Android que exigiam tratamento preferencial para seu próprio mecanismo de busca e navegador em troca de acesso à loja de aplicativos Google Play.
Esses acordos, que supostamente afetam cerca de 80% dos telefones Android vendidos no Japão, levaram os fabricantes a pré-instalarem o Google Search e o navegador Chrome por padrão.
JFTC descreve condições comerciais desleais desde 2020
Copy link to sectionA ordem segue uma investigação de vários anos que começou quando a JFTC percebeu sinais de práticas restritivas embutidas nos acordos de licenciamento do Android.
Nesses termos, os fabricantes teriam sido desestimulados a instalar ou promover navegadores e mecanismos de busca concorrentes em seus dispositivos.
A JFTC concluiu que as práticas comerciais do Google “podem restringir substancialmente a concorrência” no mercado japonês, ao forçar os fabricantes a oferecer as ferramentas de busca do Google como opções padrão.
Embora os termos não tenham chegado a proibir explicitamente os serviços concorrentes, a comissão afirmou que os acordos criaram uma exclusividade de fato para as ofertas do Google.
Embora o Google não tenha sido multado como parte da ordem, a empresa foi instruída a descontinuar quaisquer requisitos contratuais que deem preferência indevida às suas próprias ferramentas de busca e navegador em telefones Android distribuídos no Japão.
A fiscalização antitruste se intensifica para o Google na Ásia.
Copy link to sectionA decisão da JFTC soma-se a uma crescente lista de desafios regulatórios enfrentados pelo Google na Ásia. Em 2022, o órgão antitruste da Coreia do Sul multou o Google em US$ 177 milhões por supostamente impedir fabricantes de smartphones de usar versões modificadas do Android.
Enquanto isso, o órgão regulador da concorrência da Índia multou o Google em mais de US$ 160 milhões no ano passado por práticas anticompetitivas envolvendo aplicativos pré-instalados.
Com o Japão sendo a mais recente jurisdição a agir, analistas afirmam que a pressão está aumentando para que o Google reforme seus acordos relacionados ao Android globalmente.
A ação do Japão é notável por visar contratos que alavancam o domínio de mercado em lojas de aplicativos para ganhar tração em serviços de busca e navegadores — dois pilares centrais da receita publicitária do Google.
Implicações para usuários e fabricantes no Japão
Copy link to sectionA JFTC não exigiu mudanças nos smartphones existentes, mas afirmou que os futuros contratos de licenciamento devem permitir que os fabricantes de dispositivos pré-instalem mecanismos de busca e navegadores concorrentes sem repercussões.
Isso poderia abrir caminho para alternativas como o Yahoo Japão ou o Bing da Microsoft ganharem maior visibilidade em plataformas móveis no país.
Até terça-feira, o Google não havia emitido uma resposta formal à ordem da JFTC. O regulador observou que, se o Google cumprir voluntariamente, nenhuma ação legal adicional será tomada.
No entanto, a recusa em alterar as práticas atuais poderia desencadear sanções adicionais de acordo com as leis de concorrência do Japão.
Este artigo foi traduzido do inglês com a ajuda de ferramentas de IA, tendo sido depois revisto e editado por um tradutor local.
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