Trump anuncia tarifa de 25% sobre países que compram petróleo e gás venezuelanos.

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Written on Mar 24, 2025
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  • A política está programada para entrar em vigor em 2 de abril, conforme Trump revelou em sua plataforma de mídia social, Truth Social.
  • O anúncio fez com que os preços do petróleo bruto americano subissem 1,13% e o Brent 1,01%.
  • Analistas alertam que a nova tarifa pode intensificar as flutuações de preço do petróleo bruto.

Em uma grande escalada da pressão econômica, o presidente Donald Trump anunciou na segunda-feira que qualquer país que comprasse petróleo e gás da Venezuela enfrentaria uma tarifa de 25% sobre todo o comércio com os Estados Unidos.

A política está programada para entrar em vigor em 2 de abril, conforme Trump revelou em sua plataforma de mídia social, Truth Social.

Essa medida ousada serve tanto como um aviso financeiro a governos estrangeiros quanto como um reflexo das tensões contínuas entre Washington e a Venezuela.

Reação do mercado

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Os mercados globais de petróleo reagiram imediatamente ao anúncio.

Às 10h54, horário do leste dos EUA, os preços do petróleo bruto americano haviam subido 77 centavos, ou 1,13%, para US$ 69,05 por barril, enquanto o Brent, referência global, ganhou 73 centavos, ou 1,01%, atingindo US$ 72,89 por barril.

Analistas alertam que a nova tarifa pode intensificar as flutuações do preço do petróleo bruto, já que o petróleo venezuelano opera há muito tempo sob sanções dos EUA.

A medida também pode levar as principais nações importadoras de petróleo a reconsiderar suas parcerias energéticas e estratégias de fornecimento.

Enquanto isso, o governo Trump indicou recentemente uma possível mudança em sua política para a Venezuela.

Em 20 de março, autoridades afirmaram que estavam considerando estender a licença da Chevron para operar na Venezuela, apesar de anteriormente terem ordenado à empresa que encerrasse suas operações até 3 de abril.

Desde 2022, a Chevron tem sido responsável pela exportação de aproximadamente 200.000 barris por dia de petróleo bruto venezuelano — cerca de um quarto da produção total do país, segundo a Reuters.

‘Como os EUA cobrariam essa tarifa de um terceiro?’

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O economista Aldo Contreras, em entrevista à Invezz , questionou a viabilidade de impor uma tarifa de 25% sobre as nações que compram petróleo venezuelano, particularmente aquelas fora da jurisdição dos EUA.

“Como os Estados Unidos cobrariam essa tarifa de terceiros, especialmente quando essas transações ocorrem fora da jurisdição legal dos EUA?”, perguntou ele, argumentando que a aplicação poderia se mostrar logisticamente impraticável.

Contreras também observou que, se empresas americanas como a Chevron forem isentas da política, elas poderiam acabar arcando com o ônus tarifário.

“Se a Chevron for obrigada a pagar a taxa de 25% sobre suas operações, isso alteraria fundamentalmente sua estrutura de custos”, explicou ele.

Em relação aos compradores estrangeiros, Contreras destacou uma brecha crítica:

“Se a Europa comprar petróleo diretamente da Venezuela sem a participação dos EUA, não vejo como os EUA poderiam impor uma tarifa de 25% sobre essa transação.”

Isso levanta sérias questões sobre a eficácia global da política.

Se a tarifa for implementada com sucesso, a Venezuela poderá ter que ajustar sua estratégia de preços para se manter competitiva.

“Para compensar a tarifa, a Venezuela pode ser forçada a descontar seu petróleo em 25%, o que impactaria significativamente suas receitas”, alertou Contreras.

“Em vez de arriscar US$ 5 bilhões em receita potencial com a Chevron, eles poderiam estar enfrentando perdas de apenas US$ 1,25 bilhão — representando um grande revés financeiro.”

Este artigo foi traduzido do inglês com a ajuda de ferramentas de IA, tendo sido depois revisto e editado por um tradutor local.